Onde estás tu? Estou com saudades, muitas saudades, parece que meu peito vai estourar dilatado com a pressão sanguínea do coração, parece que a minha cabeça vai explodir tamanha é a pressão que a envolve neste momento, quando busco, busco incessantemente uma maneira de ti encontrar...
Mil, milhões de pensamentos, colocações, desejos, ânsias e mais e mais, me invadem neste momento que estou direcionando para ti, Mãe... As recordações ao mesmo tempo em que me alegram, me consolam e me embalam; faz aparecer, vivenciar momentos de nostalgia, de arrependimento, arrependimento de não tê-la vivido na plenitude da sua presença na minha vida. Como fui bobo mãe, não lhe enxergando quando devia, não lhe atendendo quando devia, não a reconhecendo quando devia, quando aqui estavas, juntinho de mim, cuidando de mim, fazendo-me carinho, dando-me a atenção de mãe... Mesmo amando-a não a via, não a enxergava, não a vivia. Como cego fui. Imperdoável!
Hoje eu não a tenho, mas a tenho. Não estás mais aqui, mas a tua presença é incomensurável. Além de ser a fonte da minha geração és o alicerce da minha existência quando em tudo de mim estás presente de modo marcante. A educação primária, a chamada “do lar”, que me passastes foi primordial para a sustentação da criatura que se formou na sua criança e que deu lugar à pessoa que sou hoje. Os ensinamentos mãe, todos os ensinamentos, até hoje vivenciam a minha postura, o meu comportamento e o meu posicionamento diante do meu Criador, diante do Seu projeto divino fazendo com que os princípios básicos, valorosos, viessem a ser o tempero do perseguimento para o alcance de um “ser” dentro dos padrões querido pelo arquiteto. A tua presença sinto até hoje. Fostes algo indescritível para mim, os teus carinhos me embalam até hoje; as tuas broncas, ah! Que saudades; os bolos de palmatória, como salutares foi; a sua vigilância foi demais significante no entendimento de trilhar o caminho certo. Em fim, mãe, fostes perfeita dentro da perfeição de mãe... Obrigado!