Gutemberg Maciel

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Textos

ÓTICA DOS CONTOS E PONTOS DE ...
ÓTICA DOS CONTOS E PONTOS DE ...

M inunciando as ondas
I ncrivel dos Contos...
C onheci, vi os Pontos...
H aurindo do livro
E ntoado toando...
L evando enlevando...
L ivres preceitos
E ncontrados no ser... de você!

G uiei-me pelos traços
U sei o compasso
E nveredei pela imaginação
R emei pelos contos
R imas rebusquei
A í  então vislumbrei...

Quando me chegou às mãos aquela peça, de logo me concentrei na diagramação da capa de apresentação... Me pareceu um caderno de anotações rascunhentas produzidas, boladas ou comensuradas pela autora em diversos e versos de momentos lúdicos ou não lúdicos; entrelaçadas por um monte de pérolas que poderiam estar representando o valor das ilações ou mesmo, e também, os pontos dos contos... Enfim, na minha visão estavam concatenados, uns e outros...

Depois, como é do meu costume, passei a orelhar... A orelha inicial, a primeira, buscando, pescar indícios do mote que delineou a obra... Verifiquei uma confissão que, a momento, pareceria imprescindível vez que, se houve a disposição claro está que presente estaria o porquê... Mas seria oportuno figurar como um preâmbulo da obra. Muito interessante, a autora discerniu de modo poético cadencial os motivos que a levou a desencadear a disposição de elaborar o livro. E, diga-se de passagem, que as suas alegações são por demais marcantes para se prever o nascimento de um editor...

Logo após examinar a orelha primeira, passamos ao exame da orelha última quando nos deparamos com o testemunho do modo como a escritora se conecta com o mundo exterior para se preparar de modo condizente a transferir para o papel, através do teclar, do pinçar, do rabiscar..., tudo no pensar e no saborear do café perscrutando e dando cordas à imaginação... Reconhecendo por fim a condição de viciada...

Concluída a incidência inicial (!) fomos para os causos! Neles, usando os “limites da Imaginação” viajamos nas visões do Dimas alcançando o âmago da mensagem veicula englobando comportamentos, posicionamentos; valores, tanto negativo quanto positivo; o sonhar e o sonho, e por fim a lição de que a emoção jamais deverá ser colocada em detrimento da razão... E Dimas aprendeu... Só a razão provoca o equilíbrio!

Com o Tutti Angelis não foi diferente, o conto nos traz a dimensão do seu significado que, a princípio era desconhecido do menino que, por isso mesmo, sofria amarguras junto aos colegas que também não sabiam... Quando, através do sonho, o Tutti conheceu o significado do seu nome tornou-se outra pessoa no comportamento e no posicionamento de tal forma que se tornou outra pessoa... Um super protegido!

Depois vem a Duda numa colocação extremamente real adentrado no mundo irreal ao mesmo tempo realista, que ministra à personagem um naco de comportamentos que estavam sendo relegados... Absorvidos tais e quais pormenores a menina modifica os costumes e passa a difundir um comportamento condizente com o “deve ser. Temos que ressaltar as “figuras” delineadas para atingir o personagem que são magistralmente formuladas no contexto...

Quanto a Lalinha é uma personagem que vem nos alertar sobre vários problemas que enfrentados pelos menos favorecidos, maior camada da sociedade. Ela nos faz lembrar pormenores, maiores, que nós nem os governantes queremos enxergar... No entanto a realidade é um fator que não pode ser mascarada... O viver com ela é mais cruel do que ignorá-la.

A Luara foge um pouco dos outros personagens quando representa uma figura enigmática contextuada na crença de um povo que guarda princípios primitivos e naturais, mormente no que diz respeito à natureza. No desenrolar da estória fica pinçado o valor do amor como sentimento impetuoso e ao mesmo tempo harmonioso, capaz de criar ou destruir...

Diante desse apanhado vislumbra-se uma capacidade impar da Autora de aglomerar em diversas criações valores e situações que se distanciam e se aproxima, num piscar de olhos, sem se afastar da realidade da sua própria linha de discernimento literário criativo. Assim só nos resta aplaudir a obra rogando a sua Autora que não se distancie deste palmilhar para alegria dos leitores. Esta é a nossa pequena, mas sincera contribuição.


gutapires
Enviado por gutapires em 16/08/2011
Alterado em 16/08/2011

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